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quarta-feira, 9 de março de 2016

Pernambuco tem primeira morte confirmada por chikungunya

Idosa de 88 anos morreu no Recife no dia 21 de fevereiro


A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou a primeira morte causada pelo vírus da chikungunya no estado. Uma idosa de 88 anos morreu no dia 21 de fevereiro deste ano no Recife. "A paciente iniciou os sintomas no dia 11 de janeiro, foi levada a um hospital da rede particular, onde foi encaminhada para uma unidade de terapia intensiva, evoluindo para a morte", detalhou a secretária-executiva de Vigilância à Saúde, Cristiane Penaforte, em entrevista à TV Clube. O nome da vítima não foi divulgado a pedido da família.

O óbito foi registrado no boletim apresentado nesta terça-feira, com os dados das arboviroses dengue, chikungunya e zika e ainda dos casos de microcefalia, apontados como consequência do último vírus. Os números dizem respeito ao período de 1º de agosto de 2015 até o dia 05 de março de 2016. Até o momento há 84 óbitos por suspeita de arboviroses. No mesmo período de 2015 houve a notificação de nove óbitos suspeitos, sendo um confirmado por dengue.
 
Neste período, os casos notificados de dengue chegaram a 31.481 (4.210 confirmados), distribuídos em 179 municípios, o que representa um aumento de 131,70% em relação ao mesmo período de 2015. Foram notificados 101 casos de dengue com agravamento, com 19 confirmações.
Em relação à chikungunya foram notificados 9.160 casos suspeitos em 151 municípios. Desses, 226 foram confirmados e 361 descartados. Em 2015, foram notificados 2.605 casos suspeitos da doença, sendo 450 confirmados (três importados, doisno município de Iguaraci e um em Itaíba, todos com infecção no estado da Bahia; e 447 confirmados autóctones, sendo 220 na região metropolitana do Recife) e 589 casos foram descartados.
 
Já o vírus zika teve 4.849 casos suspeitos foram notificados, mas ainda não há confirmações de casos em 2016. No ano passado, desde o início das notificações obrigatórias, o que aconteceu em dezembro, foram notificados 1.386 casos da doença, sendo 46 confirmados em 20 municípios (Bom Jardim, Camaragibe, Caruaru, Flores, Goiana, Glória de Goitá, Frei Miguelinho, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Lagoa do Carro, Manari, Olinda, Paudalho, Paulista, Petrolândia, Recife, São José do Egito, Serra Talhada, Surubim e Vertentes). Os exames foram feitos pelo Instituto Evandro Chagas (IEC/SVS/MS) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz – PE/CpqAM).
Microcefalia - No mesmo período, um total de 1.722 casos de microcefalia foram notificados. Destes, 671 (39%) atendem aos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a malformação. Ao todo, 241 casos foram confirmados como microcefalia e 267 foram descartados, levando em consideração o resultado dos exames de imagem dos bebês.

Também foram registrados 17 casos de bebês natimortos e 9 que vieram a óbito logo após o nascimento. Nenhum dos casos teve microcefalia como causa básica de morte. Os óbitos foram de residentes dos municípios de Recife (2), Ipojuca (3), Agrestina (1), Araripina (1), Barra de Guabiraba (1), Belém de São Francisco (1), Bom Jardim (1), Bodocó (1), Calumbi (1), Caruaru (1), Floresta (1), Goiana (1), Ipubi (1), Lagoa do Carro (2), Macaparana (1), Olinda (1), Orobó (1), Ouricuri (1), Paulista (1), Petrolina (1), São Caetano (1) e São Lourenço da Mata (1).

Desde dois de dezembro, quando a notificação de casos de gestantes com exantemas se tornou obrigatória, 117 municípios do Estado notificaram 2.713 casos de gestantes com esse quadro clínico. Desse total, 16 gestantes apresentam confirmação de microcefalia intraútero. Vale salientar que a notificação das mulheres com exantema não significa, necessariamente, que elas são casos suspeitos de dengue, chikungunya ou zika, já que outros fatores podem ter ocasionado as manchas vermelhas (rubéola, intoxicação, alergia ou alguma outra virose). O exantema também não é indicativo que a mulher terá um bebê com microcefalia.

Em Pernambuco, o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fiocruz confirmou 68 casos de microcefalia relacionados ao vírus zika por detecção do anticorpo IgM no líquido cefalorraquidiano. Os reagentes foram fornecidos pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC). Outros 17 casos deram negativos e 02 inconclusivos, totalizando 87 testes realizados.

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